terça-feira, 20 de maio de 2008

Hotelaria no Quebec

Escassez de mão-de-obra na hotelaria

Mais informações sobre a escassez de mão-de-obra em diversos setores econômicos no Canadá. Desta vez, trata-se do setor hoteleiro, que já se preocupa com a falta de profissionais no setor.

O Québec ainda é uma das províncias menos atingidas nesse campo, se comparada a províncias como Alberta e Comlúmbia-Britânica, tendo em vista os altos salários oferecidos pelas indústrias do petróleo e da construção, respectivamente.

Segue a matéria.

Os ramo hoteleiro do Canadá espera, com certa apreensão, a próxima estação estival. Se, por um lado, há esperança de ver as taxas de ocupação aumentar, alguns temem uma escassez de trabalhadores que poderá afetar o crescimento dessa indústria.

De acordo com um estudo de Statistique Canada, publicado esta semana, praticamente um hotel em cada três (32 %) afirma sofrer com a escassez de mão-de-obra não-especializada.

Esta sondagem foi efetuada em cerca de 1200 empresas do setor, sobretudo nos hotéis, com o objetivo de avaliar as suas perspectivas de negócios. No ano passado, apenas 15% dos gerentes de hotéis tinham declarado tal escassez.

Ademais, praticamente um hotel em cada quatro (24 %) registram escassez mão-de-obra qualificada, o que constitui, de acordo com a direção de um dos hotéis avaliados, um grande obstáculo aos negócios.

Para ouvir a integra da reportagem, clique no link: http://www.radio-canada.ca/util/zapmedi a/version10/detecte.asp?

Fonte: L’ Heure des Comptes – Le Magazine économique de la Radio-Canada.
Edição de 17 de maio de 2006
Então aí vai esse site c/ vários cursos...:
http://www.ithq.qc.ca/fr/index.php

Outros setores em crise...

Escassez de garçons em Montreal

Você está sobre terraço. O sol brilha. O dia está radiante. Mas seu copo está vazio, já que faz tempo que o garçom não aparece. Preparem-se, pois este cenário poderá ser vivenciado, em breve, nos restaurantes de Montreal, que estão praticamente arrancando os cabelos para encontrar funcionários.

"Há alguns anos, podia-se receber até 300 candidatos num único dia. Este ano, nós colocamos anúncios nos jornais para que as pessoas se apresentassem. Mas, mesmo assim, não conseguimos completar nossa equipe", testemunhou Dave Bernier, proprietário do Café Éclusiers, point consagrado da Vieux-Montréal.

O terraço do café, aberto de maio à setembro, é, no entanto, um dos mais concorridos da cidade. E Dave Bernier crê que este verão não será exceção, principalmente pelas 25 mil pessoas esperadas para o Outgames. "Teremos que fazer mais, com menos pessoal", lamentou.

O gerente da Taberna Magnan, Nelson Bernier, também trabalha no limite para completar a sua equipe.

"Peço aos meus empregados que indiquem conhecidos." Eu mesmo faço propostas a empregados de outros estabelecimentos. Ofereço melhores condições de trabalho. Digo que todo o meu pessoal é sindicalizado", confidencia o diretor-gerente do restaurante de Pointe-Saint-Charles, que se diz servir "a melhor carne assada de boi na América".

Estes dois estabelecimentos Montréalais estão longe de serem os únicos a viver esta situação, reconhece o Vice-Presidente de negócios públicos da Associação de Restaurantes do Québec, François Meunier.

O problema se estende a todo este setor da economia, que emprega, em média, 160.000 pessoas, seja o ano bom ou ruim.

A escassez de pessoal foi, alíás, o assunto do encontro anual dos donos de restaurantes este ano.
Uma sondagem Maison de l’ ARQ revelou que 92% dos restaurantes tiveram dificuldades para recrutar pessoal de cozinha ou de salão em 2005.

"Este tem sido o principal desafio para os negócios", argumenta o M. Meunier. De acordo com ele, fraca a taxa de desemprego e o envelhecimento da população são algumas das causas deste fenômeno.

"Os jovens de 16 a 25 anos representam 40% do pessoal na neste setor. E estes são cada vez menos numerosos, apesar do aumento do número de vagas", alegou.

O comércio de varejo e a indústria da alimentação são os dois principais concorrentes dos restaurantes.
Os universitários se encontram nos estágios de verão, em seus futuros meios de trabalho.

"Eles não escondem: trabalhar em restaurantes não é fácil. Os empregados devem, na maioria das vezes, trabalhar nos fins de semana, em horas quebradas", acrescentou M. Meunier.

A escassez não se limita à ilha de Montreal. O Journal de Québec escreveu, recentemente, que um restaurante de Québec dá 150$ aos seus empregados que conseguem recrutar outros.

Em Alberta, o Tim Hortons, de Canmore, oferece iPod’s aos empregados que recrutam outros.

Na França, centro nervoso da gastronomia, tem 50.000 postos a fornecer nas cozinhas.

A imaginação dos empregadores, em tais contextos, deverá encontrar meios criativos para recrutar e manter seu pessoal.

Os restaurantes Pacini já se valem de algumas táticas inovadoras. Tendo em vista a rotatividade de mais de 150% de seu pessoal, num único ano, a cadeia de restaurantes criou um programa de valorização dos seus empregados.

Cada ano, trabalhadores que se destacam podem escolher entre visitar a Itália ou fazer um curso na Academie culinaire de Pacini, em plena região de Veneza.
“A nossa taxa de rotatividade de funcionários é de mais de 50%", afirma Christian Champagne, Vice-Presidente diretor do restaurante.

O recrutamento permanece, contudo, um problema nos seus 25 restaurantes.

"A situação é crítica em todos os restaurantes, há mais de cinco anos." Estamos longe dos dias em que tínhamos que designar pelo menos seis pessoas para separar as pilhas de curriculum vitae, antes da abertura de um novo restaurante!" conclui M. Champagne.

Fonte: La Presse Affaires
Edição de 15 de maio de 2006

Um comentário:

Anônimo disse...

QUERIA SABER MAIS SOBRE OS SALARIOS DE CADA PROFISSAO,HOTELARIA,RESTAURANTES ETC....OS MAIS INCOMUNS...GRATO..E AQUELE AXÉ...SOU DE FEIRA E MORO EM SAMPA...